20 de maio de 2012

Pressões pressionadas

Alguns querem que o 1.º Láparo demita o ministro Ervas; outros exigem que se afaste. Parece-me que ainda não perceberam que vivem num país chamado Portugal.

O 1.º Láparo vai exonerar o manda-chuva do governo, aquela figura-chave da orgânica ministerial? O homem do todo-o-terreno governativo, armado de uma arma de destruição maciça que é o problema em juntar sujeito, verbo e complemento directo numa frase com sentido? Ia ser difícil encontrar outra pessoa à "altura" do cargo.

Podem afirmar que o Láparo fica fragilizado por não mostrar tomates e demiti-lo. Ao mantê-lo, mostra ter mais tomates ainda. Porquê? Porque mostra não ceder a pressões. Apenas cede à pressão do governante Ervas, que deve ter-se posto de joelhos a implorar para manter o cargo. Hum ... Não é a melhor posição para um governante. Mas a honra não é muita, pelo que não faz diferença.

A manutenção no cargo também passa pelo telemóvel cheio de contactos importantes. O Láparo teve de resistir e deixá-lo no posto de comando. Uma decisão pragmática, portanto. O que seria de um 1.º sem a lista de números de telemóvel e telefone? O homem sentir-se-ia mais só. No fim do mandato de 1.º, a lista será necessária para tentar encontrar um tachinho no sector "privado".

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