18 de fevereiro de 2012

Notícias do aterro

Tenho uma confissão a fazer: sou adepto do saco azul. Cá em casa é o único que usamos para meter o lixo. Provavelmente é o mais dissiminado no país. Como os bons exemplos vêm de cima, os membros do governo do grego também usufruíram de um exemplar anil, onde se inclui cartão de crédito, telemóvel e um fundo de maneio.

Conta a notícia que o graveto não tem rasto - talvez venha da famosa árvore das patacas em que Portugal é pródigo. Já o fundo de maneio é constituído por um despacho do membro do governo ou do chefe de gabinete respectivo; serve para pagar almoços e jantares (a notícia não especifica se são refeições de trabalho ou pessoais. É provável que seja tudo incluído). Isto significa que os governantes não são todos iguais. Quem não constituir um fundo de maneio, fica "lesado" nos seus gastos enquanto ministro.

A ministra Paulinha da injustiça lembrou-se de legislar sobre o valor das prendas que os funcionários públicos e demais trabalhadores do estado podem receber. É uma espécie de legalização da corrupção dentro do estado. Não se pode acabar com ela, juntemo-nos a ela. Mas só um pequeno encosto, porque os brindes foram limitados a 150 euros.

Vou fazer queixa ao provedor de injustiça: existe uma clara descriminação na proposta da governante - os presentes acima de 150 euros são inadmissíveis. Não se pode tolerar esta injustiça.

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