16 de julho de 2012

Não se faz

Viajar pelos meandros do governo português na internet é uma experiência enriquecedora, sob o ponto de vista mental, psicológico e emocional, quiçá místico. Resumindo: é para se ficar de boca aberta.

No ministério das couves e do ataque ao ambiente, existem várias redundâncias (digo eu). Para os especialistas parece que não. Existe a Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Como o sector da vinhaça não faz parte da agricultura, foi criado o Instituto do Vinho e da Vinha. Subsequentemente, as nobres uvas do Porto e do Douro reclamaram uma origem aristocrática - não se podem misturar com a ralé vinícola - pelo que foi criado o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto.

Na área do financiamento e das inspecções dá-se o caso oposto. Existe uma desigualdade intolerável - o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas integra as duas áreas. Seguindo o modelo anterior devia ser dividido em dois.

Sucede o mesmo com a Inspecção-Geral da Agricultura e Pescas. Mas pelas últimas investigações, as inspecções da agricultura e do ambiente vão ser extintas, sendo criada uma única inspecção para o ministério. 3 áreas unidas na mesma entidade? Não é demasiado simples? Aguarda-se a revolta das inspecções agrícola, piscícola e ambiental.

Parece que também vão extinguir as 5 Administrações de Região Hidrográfica e o Instituto da Água, passando as suas competências para a Agência Portuguesa do Ambiente. Mais simplificação? A sério?

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